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O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) renunciou a presidência da Câmara dos Deputados. O anúncio foi feito em coletiva de imprensa convocada na tarde desta quinta-feira (7). O deputado federal chorou durante a entrevista. Ele é acusado de mentir diante dos parlamentares ao afirmar que não possuía contas no exterior.
“Estou pagando um alto preço por ter dado início ao impeachment”, justificou, em referência ao processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. “É público e notório que a Casa esta acéfala, fruto de uma interinidade bizarra. Somente a minha renúncia poderá por fim à essa instabilidade sem prazo. A Câmara não suportará esperar indefinidamente”, completou.
A coletiva foi convocada de última hora e utilizou as dependências da Câmara – o que levanta questionamentos sobre quem teria autorizado o evento. Diante dos jornalistas, Cunha leu uma carta enviada ao Presidente em Exercício da Casa, o vice-presidente Waldir Maranhão (PP-MA).
Investigado na Lava Jato, Eduardo Cunha é réu em duas ações no STF e alvo de uma terceira denúncia ainda a ser analisada. Ele também responde a um processo disciplinar no Conselho de Ética da Câmara, que aprovou um parecer pela cassação do mandato.
Com a decisão de Cunha de deixar a vaga, a Câmara terá que convocar novas eleições no prazo de até cinco sessões plenárias – deliberativas ou de debates com o mínimo de 51 deputados presentes.
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