Desde 2010, ano que o texto foi sancionado, pouca coisa saiu do papel. De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), pouco mais de 9% das cidades brasileiras eliminaram os lixões. Isso em um país onde 70% das 240 mil toneladas de lixo geradas diariamente vão para os lixões. A coleta seletiva, outro ponto do plano, também é problemática. Apenas 18% dos municípios tem algum programa de triagem do lixo.
De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios, o principal obstáculo para a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos é um velho conhecido dos prefeitos: a falta de dinheiro. Segundo a entidade, os custos para atender à lei passam de R$ 70 bilhões. “A lei diz que a competência é municipal e os municípios não têm recursos para executá-la”, criticou o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski. Mas, de acordo com ele, a situação do manejo de lixo no Brasil vem melhorando. Ele citou três estados onde quase todo o lixo vai para aterros sanitários: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Espírito Santo. “Mas tudo dentro de uma dinâmica própria, à margem da lei.” (Magno Jouber)
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