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segunda-feira, 4 de julho de 2016

Brasil Kirin leva matriz japonesa a prejuízo global


Em 2011, a japonesa Kirin pagou quase R$ 4 bilhões pelo controle da Schincariol.
Em 2011, quando a japonesa Kirin desembolsou quase R$ 4 bilhões pelo controle da cervejaria familiar Schincariol - na época, vice-líder do mercado nacional -, o Brasil havia crescido 7,5% no ano anterior e a cervejaria se apresentava como uma concorrente capaz de incomodar a gigante Ambev. Cinco anos depois, a situação se inverteu completamente: a economia brasileira entrou numa espiral recessiva - em 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) recuou 4% - e a Brasil Kirin viu sua relevância se esvaziar, perdendo 25% de sua participação de mercado e amargando o quarto lugar em vendas no país. A situação chegou a um ponto tão crítico que, no mês passado, o presidente da Brasil Kirin, André Salles, apresentou um plano de recuperação da operação local à matriz japonesa. As mudanças, que incluem a reorganização do portfólio e a promessa de corte de custos de R$ 200 milhões só neste ano, são uma resposta aos resultados cada vez piores que a companhia vem apresentando: em 2015, o grupo japonês registrou o primeiro prejuízo de sua história, basicamente por causa dos problemas no Brasil. No ano passado, as receitas da Brasil Kirin despencaram 25,4%, para cerca 134 bilhões de ienes (cerca de US$ 1,3 bilhão), em razão da forte depreciação do real e também da queda de 16,8% nas vendas de cerveja, na comparação com 2014. O resultado da empresa foi muito inferior ao apresentado por todo o mercado de cerveja no país, que, embora tenha andado para trás, registrou retração de 2%, segundo o Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe), da Receita Federal. A Kirin global teve de desembolsar mais de US$ 1 bilhão para cobrir previsões de resultados que não se concretizaram em todo o mundo - 90% das reservas, no entanto, se referiam ao mercado brasileiro. No primeiro trimestre, a queda nas vendas no país foi estancada, mas a operação continuou no vermelho. *Estadão

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